O QUE É CFTV?

É a abreviação de Circuito Fechado de Televisão, que é um sistema composto por câmeras que capturam imagens no formato de vídeo, transmitindo-as para monitores ou armazenando-as para posterior analise. Em um circuito fechado como o próprio nome descreve, não há a transmissão para internet, porém com a popularização da nomenclatura, CFTV, hoje é empregado inclusive para sistemas com visualização ao vivo ou armazenamento na nuvem.

HISTÓRIA: DA GUERRA FRIA À ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O CFTV tem uma trajetória impressionante. Sua origem remonta a 1842, Alexander Brain transmitiu a primeira imagem por telegrafia, após anos de desenvolvimento a Siemens desenvolveu o primeiro sistema de CFTV na Alemanha para monitorar o lançamento de foguetes durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, foi durante a Guerra Fria que a tecnologia realmente deu saltos, impulsionada pela corrida armamentista e a espionagem militar, com o desenvolvimento de lentes poderosas, visão noturna e transmissão remota em tempo real.

O primeiro circuito de CFTV civil foi instalado em Nova York em 1965, para monitorar ruas da cidade. Desde então, o sistema evoluiu de forma acelerada:

  • Anos 80 e 90: popularização das câmeras analógicas em empresas e residências.
  • Anos 2000: chegada dos sistemas digitais, com gravação mais eficiente.

Atualmente: uso de inteligência artificial, armazenamento em nuvem, acesso remoto via smartphones e integração com outros sistemas de segurança.

IMPORTÂNCIA: POR QUE O CFTV É TÃO IMPORTANTE NO MUNDO ATUAL?

Sem sistemas de monitoramento, o número de crimes não resolvidos seria enorme. A fiscalização de velocidade nas rodovias seria ineficaz, e muitas pessoas cometeriam vandalismos e infrações sem medo das consequências. Em ambientes empresariais ou residenciais, o impacto seria igualmente grave: roubos, invasões e conflitos internos seriam muito mais difíceis de resolver.

Hoje, ter um sistema de CFTV não é mais luxo, é necessidade. Monitorar equipamentos, processos e pessoas se tornou vital para prevenir falhas, evitar acidentes e garantir integridade operacional.

Empresas que investem em CFTV estão um passo à frente da concorrência, garantindo a segurança de clientes e colaboradores, prevenindo perdas e otimizando processo.

COMO FUNCIONA?

O Circuito Fechado de Televisão consiste em um conjunto de câmeras e equipamentos de gravação conectados a monitores. Ao contrário da televisão tradicional, as imagens do CFTV não são transmitidas publicamente, sendo acessadas apenas por usuários autorizados. As câmeras podem ser conectadas aos monitores e equipamentos de gravação, por meio de cabos ou redes sem fio, como por exemplo: Wi-Fi, redes Wireless privadas, redes LTE ou pela Internet. A 4talk tem mais de 30 anos de experiência em conexões sem fio.

Os sistemas básicos permitem visualização em tempo real, e visualização de imagens gravadas.  Já os sistema mais modernos agregam emissão de alertas automáticos, sejam através de sensores físicos ou analíticos de vídeo, gravações programadas e muito mais.

PRINCIPAIS COMPONENTES:

Câmeras: É o equipamento responsável pela captura das imagens. Podem ser, fixas e móveis, controladas remotamente ou não. Segue abaixo os principais tipos:

  • Câmera Fixa tipo Bullet: Com caixa de proteção integrada, muitas já são a prova d’água.
  • Câmera Visão Noturna: podem possuir Led´s de iluminação ou Led’s de infravermelho para ajuda-las a enxergar mesmo com luminosidade zero.
  • Câmera Fisheye: Apesar de fixas que possuem visão em 360º simultânea.
  • Câmera Móvel tipo Speed Dome: podem ser movimentadas remotamente ou programadas para se mover automaticamente.
  • Câmera Térmicas: ampliam a capacidade de detecção de seres vivos a longa distância e em ambientes de difícil visualização. Também usadas para detecção preventiva de problemas diversos.
  • Câmera Intrínsecas: específicas para ambientes classificados onde há risco de explosão.

Monitores: responsável pela visualização das imagens das câmeras.

  • Monitores profissionais: feitos para ficarem ligados 24h possuem maior durabilidade e menor incidência de manchas na tela, porém possuem custo elevado.
  • TV´s de LED ou monitores de LCD: com ampla variedade de tamanhos e resoluções, não duram tanto quanto os monitores profissionais, porém possuem preços mais convidativos.
  • Projetores: Apesar das imagens amplas, não são muito usados uma vez que por conta do baixo brilho, necessitam de ambiente mais escuros.
  • Vídeo Wall: montados agrupando-se diversos painéis de LED ou mesmo TV´s comuns, necessitam de um controlador, para que possam agrupar ou dividir as imagens livremente entre os diversos monitores.

Gravadores: Equipamento responsável pelo armazenamento das imagens, e também por controlar a exibição e configuração das câmeras.

  • DVR: Gravador digital desenvolvido para melhorar a gravação e busca de imagens em sistemas analógicos.
  • NVR: Gravadores de sistemas digitais que permitem acesso a redes internas ou externas como a internet.
  • Servidores de vídeo: São computadores montados com configuração específicas para atender os streamings de vídeo, placas de vídeo são essenciais nestes.
  • HD: São os discos rígidos onde são armazenados as imagens. São componentes que ficam dentro do DVR, NVR ou Servidor. Não podem ser comuns, pois por serem subscritos continuamente, tem que ser específicos para monitoramento.

VÍDEOS ANALÍTICOS: MONITORAMENTO INTELIGENTE EM TEMPO REAL

A grande revolução recente no setor foi a chegada dos vídeos analíticos. Mais do que captar imagens, as câmeras atuais conseguem analisar e interpretar cenas automaticamente.

Veja algumas funções que os analíticos podem executar:

  • Reconhecimento de placas: libera acesso automático a veículos autorizados, ou alerta a central para veículos procurados.
  • Reconhecimento facial: libera acesso de pessoas autorizadas, ou alerta a central para pessoas procurados
  • Delimitação de áreas: Alerta a central sobre a entrada de pessoas ou veículos em áreas específicas. Pode ser feito por linha, perímetro ou entrada e saída de portas.
  • Contagem de objetos e pessoas: Essencial para gerar dados de controle, sejam eles de estoque ou fluxo de pessoas.
  • Detecção de objeto removido ou subtraído: Ideal para controlar objetos de alto valor agregado, pode ser condicionado inclusive, a horas específicas do dia.
  • Smart Tracking: Permite que as câmeras móveis, sigam automaticamente uma pessoa ou veículo em áreas pré-determinadas.
  • Controle de velocidade: Controla a velocidade de veículos sem a necessidade de instalação laços indutores no piso.
  • Verificação de uso de EPI: Garante que funcionários estejam com equipamentos de proteção adequados.
  • Área de risco de carga elevada: Alerta quando pessoas passam por baixo de uma carga elevada. A área monitorada se move junto com a carga.
  • Uso de celular não autorizado: Alerta quando pessoas estão usando celular m áreas proibidas.
  • Identificação de padrões incomuns: movimentações atípicas, quedas, explosões, silêncio repentino, vandalismo…
  • E muitas outras...

Graças aso avanços como Inteligência artificial, hoje é possível inclusive desenvolver analises de vídeo especificas para sua necessidade. A I.A. já está inclusive inserida em vários dos vídeos analíticos descritos acima, permitindo o aprendizado com os próprios erros, e aprimorando continuamente, o nível de assertividade (Deep learnig).

Esses recursos operam 24 horas por dia, sem intervenção humana, reduzindo custos operacionais e otimizando processos.

Indo além da segurança câmeras inteligentes podem:

  • Avaliar a movimentação de funcionários;
  • Verificar o cumprimento de normas internas e protocolos de segurança;
  • Identificar gargalos operacionais;
  • Automatizar áreas críticas com controle de acesso por biometria ou facial;
  • Reduzir falhas humanas e perdas financeiras.

Gerar dados e evidencias para o continuo aprimoramento operacional.

SEGURANÇA X PRIVACIDADE: QUESTÕES ÉTICAS NO MONITORAMENTO POR CÂMERAS

Apesar de seus inúmeros benefícios, é fundamental o uso ético do CFTV para se evitar a invasão de privacidade e a discriminação, este também deve estar alinhado com as leis de proteção de dados, como a LGPD no Brasil. Para respeitar a privacidade das pessoas, o uso deve ser limitado ao que for estritamente necessário, e sempre que possível com consentimento dos monitorados.

Nunca se deve, fazer a divulgação das imagens de um monitoramento, sem o consentimento por escrito do monitorado, em alguns casos, isso pode ser inclusive considerado crime. Portanto o uso das imagens deve estar alinhado com a finalidade do monitoramento.

Para fins trabalhistas, o uso de evidencias gravadas em vídeo, dificilmente são aceitos como prova, mesmo nas situações onde há consentimento por escrito da pessoa monitorada.

A transparência e o controle de acesso às imagens são postos-chave nesse equilíbrio.

CONCLUSÃO

Seja em empresas, cidades, residências ou instituições públicas, o CFTV é hoje uma ferramenta essencial para o mundo moderno.

Mais do que ver, ele protege, analisa, aprende e previne. Integrado a outros sistemas, ainda pode iniciar ações automaticamente, trazendo grande eficiência operacional.

Investir em um sistema de CFTV robusto é preparar-se para o presente, agregar inteligência e integração a estes sistemas é investir no futuro.